Nos últimos dias várias "baleias" orca foram observadas nas águas de Tramandaí. Um dos avistamentos foi realizado por pesquisadores do projeto Botos da Barra, que identificaram os cetáceos nas proximidades da desembocadura do Rio Tramandaí. Durante essa atividade de monitoramento, os cientistas também notaram a presença de duas baleias francas.
Em outra oportunidade foi a vez de mergulhadores da Petrobras, que estavam em operação em uma das monoboias de Tramandaí avistar os animais marinhos. Quando as orcas apareceram os profissionais da estatal interromperam imediatamente suas atividades e se deslocaram para outra monoboia, sendo seguidos pelos animais.
Segundo os relatos, a presença de orcas na região é considerada incomum.
Um estudo do Centro de Mamíferos Aquáticos do ICMBio indica que, desde 2010, orcas foram avistadas esporadicamente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Essa frequência pode estar relacionada ao aumento das baleias francas no litoral, que visitam a área entre junho e novembro para acasalar ou dar à luz, sendo as orcas predadores naturais dessas baleias.
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Embora sejam popularmente conhecidas como "baleias-assassinas", as orcas pertencem à família dos golfinhos. O biólogo Paulo Flores, que estuda golfinhos há mais de duas décadas no Centro de Mamíferos Aquáticos, ressalta que essas criaturas habitam todos os oceanos, adaptando-se a diversas profundidades e temperaturas.
As orcas se alimentam de uma variedade de presas, incluindo peixes, tartarugas marinhas, outros golfinhos, baleias e tubarões. Até o momento, não há registros de ataques de orcas a humanos na natureza; tais incidentes ocorreram apenas em ambientes de cativeiro, como parques aquáticos.
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