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O Lindo Voo do Boto "Escurinho"
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Foto: Projeto Botos da Barra | @iury_rcamargo |
Para quem não me conhece, meu nome é Maximiliano da Rosa, sou escritor. Sou natural de Novo Hamburgo, mas moro em Imbé há cerca de 30 anos. Publiquei até o momento 5 livros, além de ter participações em antologias e ter vencido alguns concurso literários.
Ontem, passeando pelas redes sociais, me deparei com a foto que o pessoal do Projeto Botos da Barra tirou do "Escurinho", que é neto da "Geraldona", tem 4 anos de idade. Na imagem ele aparece interagindo com os pescadores e foi flagrado num lindo voo. Ele foi visto próximo das 11h20 e as imagens foram feitas pelo Biólogo Yuri Camargo, gerente do Projeto Botos da Barra, no dia 23 de abril.
Eu, como bom fã de ficção científica, logo lembrei do livro "O Guia dos Mochileiros da Galáxia". "Escurinho" parece dizer "Até mais, e obrigado pelos peixes". Se no livro os golfinhos dizem essa frase, fazendo referência ao fato desses cetáceos serem capturados, adestrados, alimentados com peixes e enquanto são explorados em centros aquáticos, aqui sabemos que a relação entre o o homem e o cetáceo é bem mais cordial. É uma cooperação. Os botos da barra do Rio Tramandaí, são livres. Eles não ganham o peixe. Pelo contrário, eles é que nos dão. Com a ajuda dos cetáceos, há poucos dias um pescador de capturou mais de 100 tainhas. O "Escurinho", aliás, um dos animais monitorados pelo projeto Botos da Barra do Rio Tramandaí é um dos mais ativos.
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A natureza é realmente bela, é praticamente impossível não ficar maravilhado com o que ela nos oferece. O litoral gaúcho está de parabéns. Temos por aqui uma fauna rica, com jacarés, lontras, roedores, capivaras, aves e muito mais. É uma diversidade que nos enche de orgulho. Precisamos preservar o rio Tramandaí e suas lagoas.
Não podemos, por exemplo, permitir que joguem esgoto. A água é um tesouro que garante vida e abundância. A notícia de que pretendem despejar dejetos das estações de tratamento nessas águas, é algo que nos deixa perplexos, alarmados. A população litorânea precisa se reunir, protestar e exigir que isso não seja feito. Muitas e muitas famílias dependem da pesca.
Não podemos esquecer dos projetos de construção da nova ponte ligando Imbé e Tramandaí. Por mais que o progresso seja necessário, a preservação da natureza também é. É necessário que os estudos garantam que os botos de Lahille não sejam prejudicados. Do contrário, caso não tome o devido cuidado, podemos estar diante de um desastre ambiental. Não sei se é exagero, talvez seja. Mas o fato é que é preciso atenção para que a ganância financeira e os interesses imobiliários não atropelem a mãe natureza.
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